quarta-feira, 17 de junho de 2009

Karim Aïnouz

O Céu de Suely

Dos novos nomes que vêm surgindo no cinema brasileiro nos últimos anos, o de Karim Aïnouz pode ser considerado um dos mais promissores. O cineasta cearense começou a chamar atenção após o seu primeiro longa-metragem na direção, Madame Satã, ser selecionado para a prestigiada mostra Um Certo Olhar, em Cannes 2002. O filme também lançou o ator Lázaro Ramos, que atuou no papel-título e ganhou vários prêmios por sua interpretação.

Apesar de ser conhecido há pouco tempo, Karim já trabalha com cinema desde o início dos anos 1990, quando fazia curtas-metragens e chegou a ser assistente de montagem de filmes de importantes nomes do circuito alternativo norte-americano como Todd Haynes (Velvet Goldmine) e Tom Kalin (Savage Grace), ambos tendo seus filmes classificados como parte do chamado New Queer Cinema.

Ainda antes de Madame Satã, o diretor havia contribuído no roteiro de Abril Despedaçado, de Walter Salles e continuou com colaborações deste tipo quando ajudou a escrever Cidade Baixa, de Sérgio Machado e o elogiado Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes.

Em 2006, lança O Céu de Suely, que logo na estréia, no Festival do Rio, ganha os prêmios de melhor filme, diretor e atriz (para Hermila Guedes), que seriam os primeiros de uma longa carreira em festivais no mundo todo. O filme foi considerado por muitos como um dos melhores daquele ano, aparecendo em diversas listas da crítica especializada.

No ano passado, Karim, juntamente com Sérgio Machado, foi o idealizador da série para TV Alice e atualmente trabalha no roteiro para o filme baseado no livro O Doce Veneno do Escorpião, autobiografia de Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, que será interpretada pela atriz Karen Junqueira. O filme ainda não tem previsão de lançamento.

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